A arte rupestre é um dos registros mais antigos da expressão humana, revela-se como uma das formas mais primitivas de comunicação visual. Caracterizada por representações pictóricas ou gravuras esculpidas diretamente em superfícies rochosas, essa forma de arte remonta ao período Paleolítico, com estimativas de sua origem há cerca de 40.000 anos.
Sutimo é uma marca de roupas de streetwear alternativo, com uma ideia de negócio totalmente sustentável, utilizando tecido de cânhamo e embalagens sustentáveis. A marca traz diversos conceitos de naturalidade em seu DNA desde a Ovelha e o Lobo que representam a vida e a morte até o símbolo de sol e flor, que representam o ciclo da vida. A essência da marca foi inspirada na arte rupestre e nos dogu.
Os dogu do período Jomon, criados há mais de 10.000 anos no antigo Japão, são esculturas de argila que representam as primeiras criaturas na história cultural do país, assumindo predominantemente formas humanas. Feitos à mão com argila de cerâmica e posteriormente queimados, esses artefatos refletem o modo de vida do povo Jomon, que se dedicava à agricultura e pesca. Os dogu eram parte integrante de suas crenças religiosas, colocados em altares ou locais de sepultamento e usados em orações e cerimônias, simbolizando a profunda conexão entre as pessoas e a natureza, servindo como condutores para a experiência do poder sagrado.
As espirais são um elemento muito utilizado na marca por serem formas recorrentes na natureza, presentes em diversos elementos, como nas conchas dos caracóis, na disposição das pétalas das flores e até na formação dos grãos de areia. Essa estrutura espiral é um reflexo das forças e padrões naturais que governam o crescimento e a organização da matéria, essa forma pode surgir através de processos de sedimentação e erosão. Essas repetições demonstram a harmonia e a eficiência dos padrões naturais, unindo o micro e o macro em uma linguagem universal de formas.
Além de ser muito presente na natureza a espiral também é um elemento recorrente na arte rupestre, frequentemente interpretada como uma metáfora para os principais estágios da vida: nascimento, vida, morte e renascimento. Com base na semelhança visual entre as espirais na arte rupestre e os inúmeros elementos naturais que apresentam essa forma, foi criado um logotipo cambiante que captura a essência da marca, substituindo a letra "O" por uma espiral ou outro elemento da natureza que compartilhe dessa forma.
Os dogu:
A ovelha, geralmente associada à inocência, tranquilidade e à vida em si, representa a criação, a fertilidade e a continuidade. O lobo, por outro lado, simboliza a morte, a força predatória e a inevitável transformação que vem com o fim. No ciclo da vida, a morte não é o término, mas uma transição que permite a renovação. O lobo e a ovelha, então, encarnam essa dualidade a vida florescendo através do sacrifício e da transformação, um ciclo perpétuo de nascimento, morte e renascimento, onde ambas as forças são necessárias para manter o equilíbrio da natureza.
Os símbolos sintetizam todo o conceito da marca. A flor, surgindo da terra: Brota do solo, floresce em plena beleza e eventualmente murcha, retornando ao lugar de onde veio. De maneira semelhante, a espiral na arte rupestre é frequentemente interpretada como uma metáfora para os estágios da existência humana. E por fim, o sol também é frequente representado na arte rupestre, seu nascer caracteriza o início, enquanto o pôr do sol sinaliza o declínio, encapsulando a ideia de renovação e a continuidade da existência em um movimento cíclico e perpétuo.