Projeto selecionado para integrar a Bienal Brasileira de Design da ADGBrasil, na categoria Estudante. para mais informações confira no site da Bienal clicando no link abaixo:
O AMEC surgiu da iniciativa de transformar um grande acervo, há muito tempo esquecido, em um tipo de museu, aberto ao público.
A Universidade Federal do Paraná é a universidade mais antiga do Brasil. Atravessando guerras e ditaduras, seu prédio tem mais de 100 anos de história, e grande parte dessa história se encontrava nos porões da universidade. Quadros, documentos, livros e artefatos eram parte dessa grande coleção histórica que estava esquecida no escuro. O Prof. Dr. Thiago Hansen foi o idealizador do projeto, que buscava dar um novo significado a esses materiais, e através deles, contar a história da cidade de Curitiba de um ponto de vista novo. O grande acervo tem documentos que abordam temas relevantes como a ditadura militar, as primeiras mulheres e pessoas pretas a estudarem na UFPR, e artistas e literatos famosos que tiveram essa universidade como seu ponto de partida, como Paulo Leminski.
Em meio a tudo isso, o grande desafio encarado pela equipe foi dar a esse museu um nome e uma cara, além de um sistema de sinalização para possibilitar a circulação de pessoas em um prédio complexo e um conceito expográfico para as obras que seriam expostas.
O conceito desenvolvido se baseou em como nós podemos perceber e traduzir a memória visualmente. Letras com partes apagadas e fotografias borradas foram alguns dos recursos visuais utilizados para representar como uma imagem formada pela memória pode se manifestar em nossa mente, trazendo então o caráter histórico do projeto, que revive antigas memórias. Também são utilizados rabiscos e traçados como elementos gráficos, referenciando a característica "confusa" ou abstrata que a memória pode manifestar. Uma marca cambiante representa o conceito de que uma imagem formada pela memória não precisa ter apenas uma forma correta, e que pode ser mutável.
Foi realizada uma série de fotos dentro do conceito desenvolvido, para que pudessem ser utilizadas nos materiais da marca. Com a técnica de longa exposição, foi possível capturar imagens que agregam ao universo visual da marca, com formas abstratas, e que reforçam o conceito de memória.
Dentro do projeto de sinalização, a identidade foi aplicada de forma mais sutil, priorizando os conceitos do design da informação como forma de facilitar a localização e circulação das pessoas, uma vez que o prédio da UFPR é um ambiente complexo.
Os andares foram separados por cores, para facilitar o entendimento das informações, e a cada andar foi dado um nome/conceito de acordo com as histórias contadas e obras expostas em cada andar.
Também foi elaborado um mapa isométrico dos 3 andares, para facilitar a localização e locomoção.
Para melhor entendimento sobre a rota do Tour, foi mapeado as áreas internas do prédio, priorizando os elementos mais marcantes de cada andar, o mapa isométrico está presente folder, material que será entregue para os visitantes no começo do tour, para melhor entendimento e localização no prédio.